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Não é uma questão de otimismo e sim de realidade

No Brasil, o dia do Empreendedor é comemorado no dia 5 de outubro! HOJE! 

A data foi escolhida por conta da lei 9.841/1999 que instituiu o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Um golaço!

Hoje é sim um dia para comemorar!

Interessante mostrar que de 40% dos empreendedores em 35 de 50 países concordam ou concordam fortemente que suas motivações para lançar um negócio são para fazer a diferença no mundo, de acordo com o último Relatório Global do Global Entrepreneurship Monitor (GEM).

Considero isso um fator importantíssimo para o sucesso de qualquer empreendimento, o crescimento de qualquer nação, e a solução de milhares de dores da humanidade hoje. Exagerado? Acho que não.
O estudo ainda completa dizendo que a nossa taxa de empreendedorismo chegou a 38%, ou seja, 52 milhões de brasileiros possuem um negócio próprio.
Os pequenos negócios entretanto, diz o SEBRAE, geram 55% dos empregos formais, representam 99% de todas as empresas formalizadas do Brasil e são responsáveis por 30% do nosso PIB.

Completando esses números cabe também mostrar que segundo o Portal do Empreendedor do governo federal, o número total de registros de MEIs atingiu 10,775 milhões no último dia 12 de setembro, isso mostra que durante a pandemia houve um acréscimo de 985 mil empreendedores. 

Esses números são realmente empolgantes para qualquer um que acredita que o empreendedorismo é a nova revolução industrial desse século e que é por ele que iremos superar crises, inovar, gerar mais empregos e mudar o mundo. Sim, mudar o mundo.

Porém temos os pessimistas, que consideram que o aumento de empreendedores é resultado direto de uma crise e do desemprego. Nessa horas digo que tudo é uma questão de escolha, e não mais somente a falta dela. 

Existem algumas variáveis no entorno desses dados. E eles vão do aumento do desemprego, formalização de desempregados que se tornaram empreendedores, até mesmo informais que buscaram a formalização para depois, quem sabe, crescer. No melhor cenário um cidadão que sentiu uma dor e resolveu solucioná-la no mercado através de uma solução empreendedora para melhorar a vida da sociedade que ele vive. Por que não?

Mesmo em números que parecem ser preocupantes podemos ter um olhar mais esperançoso. quer ver?

O Relatório do GEM mostra uma taxa chamada chamada TEA (Atividade Empreendedora Total em Estágio Inicial) e outra chamada EBO (Propriedade de Negócios Estabelecida). A primeira aponta que entre as 50 economias que participam do Relatório, os seis níveis mais altos de TEA estão todos na região da América Latina e Caribe, e que menos de 16% dos adultos no Brasil administram negócios maduros.

Ou seja, isso mostra que a maioria por aqui está começando o seu negócio e que 16% estão, hoje, administrando negócios que já tem algum tempo. Temos que aumentar o número de empreendedores que tem empresas mais maduras sim, mas também considero que essas que surgem hoje ficarão mais maduras por mais tempo, até pela fato de hoje encontrarem com mais facilidade cursos e materiais para aperfeiçoamento online e ter também um ecossistema maior, mais maduro e unido para empreender.
Fora isso tem um numero que identifica que essas empresas que não estão “maduras”hoje já tem um tempo de estrada, tipo: “59% dos microempreendedores já exerciam a função antes da abertura do registro.”
Os empreendedores entendendo que a formalização é o caminho para alavancar seu negócio e escalar vendas. 

“Toda crise gera oportunidades”. Quem me disse isso foi Guilherme Afif em um papo rápido em São Paulo quando perguntei sobre a crise. Depois daquele papo entendi que prefiro apostar nas oportunidades. Antes dessa atitude empreendedora de empreender, qual seria a saída? Essa é a perspectiva. 

Esses empreendedores podem crescer, escalar vendas e começar a contratar. E em um cenário mais pessimista, pelo menos terão uma experiência no mercado formal, de alguma forma se qualificam e geram uma certa experiência para depois intraempreender. 

Essa é a beleza do empreendedorismo, e isso é uma realidade.

Rafael Ponzi Ribeiro
VP da Agência de Fomento do Município do Rio de Janeiro
Fundador do Clube Empreendedor Brasil 

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