Sou partidário do conceito que o empreendedor não é só aquele que abre uma empresa investindo tempo e dinheiro em um negócio novo. O verdadeiro empreendedor é aquela pessoa que é visionária adora desafios e tem como uma das principais características a criatividade para vender seus produtos e serviços para seus Clientes com lucro, ou é um vendedor de ideias de acordo com as suas crenças. O mito que foi disseminado pelo país é que o brasileiro já nasce com o DNA empreendedor, será mesmo?! Vemos na prática que o brasileiro nasce para fazer negócios, sendo um bom negociador, bom vendedor mas não é um bom comprador, uma vez que quer sempre levar vantagem em tudo quando está no papel de comprador. Ele quase sempre não tem a condução negocial e consciência que um negócio só é bom quando é bom para as duas partes, o que chamamos de negociação ganha ganha. Ele normalmente em qualquer troca, mesmo que seja uma venda, ele quer ter uma condução de negociação ganha perde. Só um profissional classe A, vai conseguir reverter esta situação vencendo o ganha perde e emplacando o ganha ganha. O empreendedor vive de vendas para os seus Clientes, portanto começa por aí, ele tem que ser um excelente negociador e com profissionalismo sem amadorismo tem que vender para sobreviver e cada vez mais ampliar a sua carteira de Clientes para ter lucro. Tendo uma postura amadora do “eu acho”, ele não vai conseguir seus resultados.
EMPREENDEDORISMO em NÚMEROS no BRASIL
Segundo fontes do SEBRAE, IBGE, ENDEAVOR entre outras, metade das empresas abertas no país, morre nos primeiros 2 (dois) anos de vida, e outros 40% das novas empresas morrem entre o segundo e o quinto ano de existência, ou seja, a nossa taxa de natalidade, assim como a de mortalidade das empresas brasileiras é altíssimo. Muitas fecham antes mesmo de gerar lucros ao seu proprietário e idealizador. Mesmo assim o brasileiro sonha em abrir uma empresa. Outra pesquisa interessante foi o resultado constatado que os brasileiros preferem ser empreendedores do que serem funcionários CLT, principalmente na geração milênio, onde temos os números: 76% deles sonham em ser donos do próprio negócio, a segunda maior taxa do mundo – atrás da Turquia (82%) e muito a frente dos Estados Unidos (51%) e União Europeia (37%), por exemplo. Mas vontade não é tudo, e na falta de ação e nas dificuldades normais e naturais de se abrir um negócio, o brasileiro perde muito do seu potencial, uma vez que só 19% dos jovens empreendedores dizem que pretendem empreender nos próximos cinco anos. Estes números da ação empreendedora mudaram muito com a pandemia, com um aumento considerado em função da perda do emprego.
CAUSAS do FRACASSO EMPRESARIAL
As causas básicas do fracasso empresarial são a falta de planejamento estratégico, onde incluo a falta da ferramenta de plano de negócios ou canvas na construção do negócio, falta de conhecimento do mercado, por mercado entendo que sejam os Clientes, fornecedores e concorrentes, falta de inovação, falta de conhecimento de marketing, falta de conhecimento financeiro (fluxo de caixa, capital de giro, impostos, confecção de preço de venda e demonstrativo financeiro), falta de administração dos seus talentos humanos (Clientes internos), falta de cabeça de obra no mercado de trabalho, falta de saber vender, falta de conhecimento de técnicas de negociação, falta de experiência no nicho de negócio e falta de gestão de todos estes itens e mais alguns.
E ainda para não “quebrar”, os empreendedores têm que criar em suas empresas diferenciais competitivos, onde com isto vão ter a possibilidade de sair da mesmice, em comparação aos seus concorrentes e ter a preferência e fidelização dos Clientes, razão de existência de qualquer empresa. Não devemos de nos esquecer de conduzir comercialmente abordagens muito importantes como a pre venda, venda e pós venda.
COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS dos EMPREENDEDORES
Qualquer pessoa que vai se aventurar a abrir uma empresa tem que ter em mente que empreendedorismo não se aprende na faculdade ou muito menos em cursos de MBA, ele se aprende com a experiência do empreendedor, ou com cursos e treinamentos específicos que complementam a sua formação ou com o auxílio profissional de consultores e mentores, estes com uma boa estrada prática vivenciada no ramo do empreendedorismo.
O perfil do empreendedor brasileiro, pode ser classificado em três grandes competências:
- Competências Básicas – Habilidades Empreendedoras Básicas
- Competências Gerais – Habilidades Empreendedoras Técnicas
- Competências de Liderança – Habilidades Empreendedoras de Liderança
TIPOS de EMPREENDEDORES
Na minha visão existem 4 tipos de homens de negócio, pois assim classifico os empreendedores reais e autênticos:
- o empreendedor – É o homem de negócios responsável pelas inovações, criações, o valente e o persistente, são as pessoas que criam algo inteiramente inédito e fazem com que esta novidade se torne um produto ou serviço rentável. Este empreendedor pode ser um empreendedor pela oportunidade ou pela necessidade, podendo ser também um empreendedor de startups. Após a validação da sua ideia, esta pode se tornar um negócio e após, este empreendedor pode se tornar um empresário. Existem também o empreendedor social e o empreendedor de franquias;
- o intraempreendedor – É o homem de negócios que empreende dentro de uma organização e trata o setor onde trabalha como se fosse uma mini empresa com sua gestão, capaz de gerar resultados com lucro.
- o empresário – É o homem de negócios responsável por gerir o negócio, com todas as competências listadas acima e fazer o mesmo dar lucro, possuindo grande conhecimento em gestão e do mercado no qual está inserido e também pode ser definido como o dono da empresa, uma vez que a empresa já é constituída e tem um CNPJ;
- o EUPRESÁRIO – É o homem de negócios único que é criativo, inventivo e gerador de novas ideias, dono do negócio inédito recém criado, fruto de suas invenções, e responsável por fazer a nova ideia se transformar em algo rentável, sensacional, com esforço próprio e com uma boa gestão. O EUPRESÁRIO é um faz tudo que tem multifunções e multitarefas.
EMPREENDEDORISMO é MUITA TRANSPIRAÇÃO
Quem acha que o empreendedor não vai ter mais o incômodo chefiota cobrando resultados estapafúrdios, acha que vai tirar férias de 30 dias e só vai ter alegrias, ledo engano. O empreendedor para vencer, além da vocação, requer muita transpiração, inspiração e muita humildade, pois os obstáculos são enormes de matar um leão por dia e dez leões no dia seguinte, sempre engolindo muitos sapos. Por isto a necessidade da paixão pelo que faz e ser apaixonado por aprender. Mas a recompensa virá com um bom planejamento e sendo assim tudo será possível, factível e viável. A felicidade e a realização existem no empreendedorismo é só seguir os processos recomendados e os aconselhamentos de quem sabe empreender.
O CLIENTE é o REI
Um negócio só prospera tendo Clientes. Pergunte sempre ao seu Cliente o que ele está achando do seu atendimento e da sua empresa, pois ele é que vai lhe dar o termômetro se sua empresa está indo bem ou indo mal com muita sinceridade e clareza. Sempre trabalhe muito estes dados. Pergunte para ele também qual é o valor que ele identifica no seu negócio. Tenha um banco de dados de Clientes com todas as suas vontades e desejos de consumo. O sucesso do negócio está atrelado ao Cliente, que é um ser humano, e só vamos progredir se o Cliente comprar da nossa empresa, para isto temos que encantar, entusiasmar e surpreender sempre. Nossos Clientes internos que também são seres humanos têm que estar convictos desta situação e na relação com os Clientes externos, de ser humano para ser humano. Os Clientes internos têm que perceber que seus empregos dependem da satisfação de nossos Clientes externos e na relação de compra com a nossa empresa.
EMPREENDEDORISMO é CIENTÍFICO
Tenho tido contato com muitos empreendedores e empresários através das minhas consultorias diárias e frequentes e constato que na maioria das vezes em que as empresas estão em estado terminal, que elas têm uma causa principal para este efeito: durante toda a sua existência e trajetória desde a abertura não houve um tratamento científico e o “eu acho” prevaleceu. O empreendedorismo profissional trabalha com fatos e dados, aquele da qualidade total, onde as pesquisas das hipóteses viram teses e assim as decisões são tomadas com muito mais assertividade e consciência científica. O “eu acho” está descartado e proibido em qualquer dicionário empreendedor que trate o empreendedorismo como uma trajetória de sucesso.
O empreendedor é um sonhador…só que… sonhar grande ou sonhar pequeno o esforço é o mesmo.
Rumo ao COVID zero!…..nova normalidade…..#novanormal…..
SUCE$$$UUU SEMPR$E !!!
Sérgio Rocha Lima – Consultor, mentor e professor
www.rochalimaconsultoria.com.br